A Viagem
Chega sexta-feira, 06:00 (AM), nosso cachorro começa latir para nos acordar - aparentemente seria um dia normal como os outros. Mas então o telefone toca, e recebo uma boa notícia da minha noiva que mora em outra cidade: “Venha já para cá me ver, ou você corre o grande risco de ficar sem esposa”. Logo pensei: Como assim viajar? Havíamos combinado que só iríamos nos ver em um mês, dessa vez ela não vai me convencer, então eu disse: “Amor, sem condições, tenho trabalho” ela carinhosamente respondeu “Você que sabe, mas já vou logo avisando...” mudei o telefone de orelha e exclamei: “bom!! pedindo com tanto carinho assim, como haveria de dizer não”.
Fiquei muito feliz, já estava com muita saudade mesmo. Não perdi tempo, fui correndo à rodoviária para não acabar as passagens, assim, garanti minha vaguinha no ônibus com uma semana de antecedência. Agora só me restava esperar o grande dia. Apenas estava preocupado, pois, fim de semana com feriado prolongado os ônibus costumam estar lotados e consequentemente eles não esperam os “atrasadinhos”. Teria que chegar mais cedo.
O galo canta, digo, o cachorro late, são 6:00 (da manha) de uma quinta-feira, o dia da viagem chegou. Levantei, peguei minha mala e parti por esse mundão afora, fui na direção do meu carro Mercedes vermelho (o pessoal costuma chamar de circular), como sempre o meu motorista atrasou um pouco, mas ainda assim, cheguei mais cedo. Fui correndo para o ônibus, mas ele não havia chegado. Achei muito estranho, pois faltavam apenas 20min para a saída dele e não tinha ninguém na plataforma (nem mesmo ele). Comi uma unha, olhei para o lado, pisquei meus olhos, respirei, até que finalmente avistei um ônibus bem velhinho caindo aos pedaços chegando na rodoviária, e logo pensei: “La vem mais um ônibus e nada do meu” . Infelizmente era o meu.
Agora vou seguindo viagem, somente eu e o motorista, pois não chegou ninguém. Pela primeira vez na vida vejo um ônibus com somente uma pessoa. Assim, logo mais estarei junto com a minha amada .
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